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Dos construtos teóricos para as aplica??es: o professor como um dos mediadores Maria da Gra?a L. Castro Pinto mgraca@letras.up.pt Faculdade de Letras da Universidade do Porto Centro de Linguística da Universidade do Porto (Portugal) RESUMO: Abordam-se, neste texto, aspectos relativos à linguagem sob diferentes perspectivas, por forma a evidenciar a pertinência de uma prepara??o suficientemente abrangente quando se equaciona quer a rela??o entre construtos teóricos e aplica??es, quer a existência de possíveis mediadores. Um olhar rigoroso para a supramencionada rela??o conduzirá à avalia??o do peso de cada um dos seus termos e a n?o sobrevalorizar ou subvalorizar indevidamente cada um deles, com base ou n?o em preconceitos. S?o convocados para ilustrar a leitura que se defende: 1) os conceitos espontaneo e científico e o seu trajecto ontogenético, partindo da defini??o de frase e da aquisi??o de estruturas da língua pela crian?a da pré-escola e do primeiro ciclo do ensino básico; 2) a distin??o entre estudos descritivos da língua e a língua em ac??o; 3) as abordagens teóricas vistas como estratégias de pesquisa; 4) a influência dos avan?os das neurociências no modo de olhar a linguagem. A concluir e retomando a parte final do título deste texto, destaca-se, no que à língua diz respeito uma vez que de Linguística se trata, a interven??o responsável e apoiada num conhecimento sólido dos possíveis mediadores na citada rela??o (professores, autores de programas e de manuais escolares e revisores). Deles se espera que detenham uma forma??o que lhes permita conhecer quem vai adquirir o quê e de que forma e um poder crítico que os capacite para uma pondera??o rigorosa de cada um dos termos da referida rela??o e para uma rejei??o imediata de aplica??es cegas dos variados construtos teóricos. PALAVRAS-CHAVE: construtos teóricos, estratégias de pesquisa, os conceitos espontaneos e científicos, as achegas das neur