Efeitos colaterais do fomento industrial o exemplo do subsector português do volframio até à década de 1950.docVIP

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2017-05-08 发布于上海
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Efeitos colaterais do fomento industrial o exemplo do subsector português do volframio até à década de 1950.doc

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Efeitos colaterais do fomento industrial o exemplo do subsector português do volframio até à década de 1950

Revista da Faculd 273 ade de Letras HISTóRIA E F E I T O S C O L A T E R A I S D O “ F O M E N T O I N D U S T R I A L ” Porto, III Série, vol. 8, 2007, pp. 273-297 Jo?o Paulo Avel?s Nunes* Efeitos colaterais do “fomento industrial”. O exemplo do subsector português do volframico até à década de 1950 R E S U M O Pretende-se, neste artigo, caracterizar e analisar a forma como, em Portugal continental, nas décadas de 1870 a 1950 e no subsector mineiro do tungs- ténio, se estruturou o relacionamento entre actividade industrial ou artesanal e ruralidade envolvente em vectores como as condi??es de trabalho e de vida, os acidentes e doen?as profissionais, a polui??o e o tipo de integra??o na economia global. Mais do que julgar ou tomar posi??o face ao objecto de estudo, visou-se descrever e explicar, contextualizando, os tra?os de “normali- dade” e de “excepcionalidade”, as permanências e muta??es detectadas. 1 - Introdu??o Quando, em Portugal ou noutros países, se analisa o modo como, numa determinada conjun- tura, uma comunidade se posiciona perante as oportunidades e os riscos inerentes a um processo de industrializa??o, os “custos sociais e ambientais” dessas mudan?as tendem a ser omitidos ou, em alternativa, demasiado valorizados . Ambas as leituras seriam, pois, redutoras e menos 1 operatórias, fruto do condicionamento do discurso científico (da actividade dos historiadores e de outros cientistas sociais) por vectores ideológicos limitadores da capacidade de reconstituir — parcelarmente embora — e interpretar “a realidade”. Para os investigadores interessados em salientar, antes de mais, as “transforma??es positivas” decorrentes da estrutura??o de actividades industriais e de servi?os em espa?os de “concorrência globalizada”, tratar-se-ia de sequelas inevitáveis, conjunturais e pouco significativas. Em sentido inverso, os estudiosos “politicamente empenhados”, defensores das virtualidades das “sociedades corporativas” ou apologis